Cleópatra, Joana D’arc, Mary Quant, Cecília Meireles, Maysa, Madre Teresa de Calcutá, Leila Diniz, Cora Coralina, Clarisse Lispector, Marilyn Monroe. Jornalistas, princesas, escritoras, atrizes, rainhas, santas, loucas, religiosas, profanas. Mulheres. Lendo sobre mulheres a frente do seu tempo, achei várias narrativas, das mais variadas épocas e contextos, cada qual com sua peculiaridade, seu ideal, seu sonho, seu jeito. Porém, diante de tantas divergências, não pude deixar de notar o quão semelhante é a essência das mulheres que protagonizaram e tem seus nomes gravados na história de forma tão especial: a ousadia. Todas, sem exceção, foram ousadas o suficiente para lutar por aquilo que almejavam, indo de encontro ao comodismo da sociedade que viviam, aos julgamentos que sofreram, aos preceitos estabelecidos, às incertezas que, com certeza, permeavam seus pensamentos. Esse não é um texto feminista. É um texto humano-feminino. É apenas um registro e uma singela lembrança a essas que fizeram diferente e que tiveram a audácia de ser quem queriam ser independente da época. A essas humanas que foram atenciosamente escutadas pelo que falaram nao só com os olhos, como disse Victor Hugo, mas pela atitude, voz firme, escolhas corajosas e amor pelo ser. A essas humanas que, como todos nós, podem ser consideradas realmente lindas. Lindas sem aspas.
"Apesar de todos os medos, escolho a ousadia. Apesar dos ferros, construo a dura liberdade. Prefiro a loucura à realidade, e um par de asas tortas aos limites da comprovação e da segurança." (Lya Luft)
Lindas: Cecília Barbosa e Amanda Deodato